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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
13/11/23 às 10h33 - Atualizado em 13/11/23 às 10h37

1° caso de Necrose Infecciosa do Baço e Rim da Tilápia (ISKNV) é detectado no DF

O primeiro registro da presença do vírus se deu em um lote de tilápias cultivadas na Ceilândia-DF
Em Nota Informativa, a Secretaria de Agricultura comunicou a primeira detecção do vírus da Necrose Infecciosa do Baço e Rim da Tilápia (ISKNV) , ocorrida em propriedade rural localizada na Região Administrativa da Ceilândia, no território do Distrito Federal (DF).
Sobre a doença
O vírus da Necrose Infecciosa do Baço e Rim (ISKNV – Infectious Spleen and Kidney Necrosis Vírus) está associado a complicações severas e alta taxa de mortalidade, tanto em espécies marinhas quanto de cultivo em água doce, e também em espécies ornamentais.
Os principais sintomas podem incluir apatia, natação em círculos, alterações oculares, coloração alterada e acúmulo de líquido no abdômen, podendo todas estar ou não presentes, havendo muitos portadores assintomáticos, o que colabora com a disseminação do vírus.
A transmissão ocorre principalmente pelo contato entre animais doentes e compartilhamento de água do ambiente, canibalismo e ingestão de excretas. A infecção pelo vírus ocorre principalmente nas formas juvenis e alevinos, mas pode estar ligada ao surgimento de infecções bacterianas secundárias em adultos, as quais podem contribuir significativamente para o aumento dos índices de mortalidade e para a ausência de diagnóstico da presença do ISKNV mesmo quando altas mortalidades foram observadas.
Controle e prevenção
A fazenda positiva para o vírus conseguiu controlar a doença aplicando uma série de medidas sanitárias recomendadas pela Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), como esvaziamento do tanque afetado, remoção dos dejetos do fundo, calagem e vazio sanitário de 25 dias. Após isso, houve repovoamento com novo lote de tilápias sem qualquer sinal clínico ou evidência da presença do vírus. Equipamentos foram desinfectados e outros cuidados foram tomados para evitar novos prejuízos.
Após o final das investigações, a equipe de médicos veterinários e técnicos concluíram que se tratava de um caso da doença estava relacionado à aquisição de um lote de alevinos originários de uma distribuidora de outro estado que estava infectado com o vírus.
A SEAGRI definiu algumas estratégias para a vigilância e controle desse vírus no DF, visto que se trata de uma doença que não possui tratamento. Medidas estas:
A principal forma de prevenção é a vacinação de juvenis da tilápia usando uma vacina inativada;
Evitar a aquisição de peixes de propriedades sem procedência, sem cadastro em órgão de sanidade. Uma dica importante é sempre solicitar a Guia de Trânsito Animal (GTA) para compra de alevinos ou peixes adultos e os cuidados devem ser redobrados se a compra for feita em pisciculturas de fora do DF;
O próprio produtor de tilápias pode notificar a Seagri, a qualquer momento, para reportar a ocorrência de morte em seus peixes para que seja investigado;
Limpeza e descontaminação dos locais de produção, equipamentos, roupas, veículos e embarcações, com retirada das estruturas da água ao final do ciclo para finalização do protocolo preconizado em sistemas semi-abertos;
Vazio sanitário em sistemas fechados e repovoamento com formas jovens livres da doença;
Remoção diária de animais mortos ou com sinais clínicos de doenças, os quais devem ser destinados a local próprio (enterro, incineração, compostagem);
Seleção de opções de manejo de baixo estresse e em densidades populacionais reduzidas, de acordo com as espécies, áreas e volumes das instalações presentes;
Manutenção correta e organizada do histórico de indicadores sanitários dos estabelecimentos, conforme IN MPA 04/2015, alterada pela IN MAPA 04/2019;
Realizar a quarentena das formas jovens recém-adquiridas antes de introduzi-las nos tanques de recria e engorda.
Confira aqui a NOTA INFORMATIVA na íntegra.